segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Se eu fosse uma gota de chuva...



Se eu fosse uma gota de chuva, transparente a cair do céu, via tudo lá para baixo, a cair para os telhados das casas e escorregar para regar uma flor, que com o frio se abanava e tinha alguma sede. Seria esta a minha função como gota, mas com vento que estava, antes de cair, voei, voei, voei por algum tempo. Assim vi à minha volta gotas, gotas, gotas... eram tantas! Olhei à minha volta e estava em cima de um candeeiro no jardim. Passei o dia lá e à noite aquilo era lindo: luzes de Natal, fitas, bolas, estava tudo enfeitado. Adorei! É pena que amanhã o Sol me vá secar e eu desaparecerei.
- Estás enganado. - disse uma gota ao pé de mim.
- Como assim, em que me enganei? - perguntei.
- Quando eu estava a cair, vi na televisão de uns senhores, que amanhã não há sol. - respondeu ela.
- Boa! Assim amanhã podemos ver os meninos a ir à escola, os pássaros a voarem para se esconderem nas árvores...
- E se chover podemos ter mais amigos e amigas aqui. - disse ela.
- Fixe! Então boa noite. - disse eu.
- Boa noite. - disse ela. - Boa noite e até amanhã. - acrescentaram todas as outras gotinhas.
Nuno, 4ºano



Se eu fosse uma gota de chuva queria ter 10 000 filhos, ser forte e grande e ter um azul carregado. Ia ser uma gota muito corajosa e amiga.
Eu ia ser o pai de todas as gotas, ia cair das nuvens para as montanhas, das montanhas para as nascentes, das nascentes para os rios, dos rios para o mar e do mar evaporava-me e voltava para as nuvens.
Podia viver infinitos anos porque os meus pais têm 1500 anos e eu já tenho 1464. Os meus filhos, o mais velho tem 1429 anos e o mais novo ainda tem 1400. A minha casa é um castelo-nuvem com 4 casas de banho, 5 andares, 3 ginásios, 24 quartos, 5 frigoríficos para 5 cozinhas, 4 dispensas e um buraco para quando eu tiver que cair. Tinha também 4 piscinas sem contar com as de lá debaixo, as que eu formo no chão da Terra.
Hugo, 4ºano

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