sábado, 17 de outubro de 2009

Não ouvi o despertador... e agora?

O Outono chegou, o frio também! As andorinhas partiram à procura de um lugar mais quente. Mas uma andorinha não acordou com o despertador e agora ficou cá, está sozinha e não conhece ninguém; não sabe o caminho, nem onde estão as suas amigas. Consegues ajudá-la?
Andorinha, acho que deves arranjar amigas na terra onde ficaste, tenta encontrar uma família que te acolha! Acho que vai ser divertido!
Vais para uma escolha de andorinhas e arranjas um nome. Fazes desenhos, aprendes a escrever e nos intervalos voas pelo céu azul.
Também dormes aconchegada numa caminha com um cobertor e se fosse eu a tratar de ti ias ter tudo para ser feliz e livre também.
Mas quando a tua família chegar, tens de ir com ela, porque devem estar preocupados, mas eu acho que vais ter saudades da família que te acolheu nessa terra, afinal tomaram conta de ti e acolheram-te.
Não sei se vais encontrar a família perfeita, mas boa sorte!
Filipa, 4ºano
Eu disse-lhe para pensar um bocado e resolvi fazer-lhe umas perguntas:
- Pensa lá no que é que gostas muito?
- No Sol - disse ela.
- E de que fruta gostas?
- Uvas, adoro uvas.
- O que gostas mais de ver à noite?
- A Lua! Porquê?
- Pronto, então olha o Sol, mais as Uvas e a Lua dão igual a SUL.
- Pois é! Mas é para aí que tenho de ir?
- Claro! Adeus e faz boa viagem.
Diogo, 4ºano
Eu queria-te convidar para vires à minha casa até as tuas amigas voltarem. Na minha casa tens conforto e menos frio, eu vou brincar contigo e vamos ter muitas actividades. Vamos construir uma casa gigante para ti, com um quarto para cada coisa.
Vais dormir muito bem e olha tenho pena de ti, mas a minha casa é a tua casa.
Vais estar sempre em actividades, vais ser o meu animal de estimação.
Hugo, 4ºano
Numa tarde de Outono, muito chuvosa, saí para chapinhar numa poça. Ouvi um choro ainda pior do que aquela chuva toda, fui espreitar e vi uma constipada, triste e só andorinha. Convidei-a para entrar e disse-lhe:
- Fica na sala, em frente da fogueira, enquanto eu te preparo um lanche.
Passado uma ou duas horas disse-me que queria uma roupa para vestir. Lembrei-me de uma pele de coelho que o meu avô tinha matado há uns anos. Vi a textura, a altura e a largura; uma tesoura faz milagres, por isso lá estava ela toda quente e feliz.
Passaram-se cinco dias e eu cativei-a e ela cativou-me a mim. Éramos os melhores amigos e um dia perguntei-lhe qual era o seu maior sonho e ela disse-me que era ir para Sul. Vi o Sr. Sul e pedi-lhe que nos levasse para Sul no dia 10 de Novembro de 2009.
Nesse dia lá estava ele, o Sr. Sul, que nos levou noite e dia e dia e noite. Chegámos e a andorinha ficou muito contente em ver as suas amigas e apresentou a mim e ao Sr. Sul. Fizemos uma festa, bebemos leite de coco e comemos ananás, dormimos com animais selvagens e com os nativos na mansão da praia, e dançámos. Vivi toda a vida lá!
Duarte, 3ºano
Eu todos os dias ia ao jardim onde ela estava, dava-lhe um cobertor para os dias em que chovesse, alimentava-a com pão e milho, até chegar a Primavera. Inventava um nome para ela, dava-lhe banho, fazia-lhe penteados com as penas e brincava ao disco. Mandava-lhe o disco e ela apanhava-o. Ia comigo ao parque para brincarmos às escondidas e apanhadas.
Dava-lhe beijinhos como se fosse minha amiga, pintava-a nos lábios e vestia-a com roupas feitas com restinhos de malha e de tecido, feitos à sua medida.
Era assim que tratava dele e dum animal qualquer que me importasse e eu tivesse.
Marta, 4ºano

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